Vejam estas citações de alguns artigos...
- "Os resultados indicam prejuízos à saúde decorrentes da tendência observada no Brasil de substituir refeições tradicionais baseadas em alimentos in natura ou minimamente processados por alimentos ultraprocessados e apoiam a recomendação para ser evitado o consumo desses alimentos. "
(Louzada, M., Martins, A., Canella, D., Baraldi, L., & al, R. L. (2015). Alimentos ultraprocessados. Rev. Saúde Pública.)
- “O elevado consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação positiva com a ingestão de sódio, colesterol e gorduras chama a atenção para a realização de intervenções visando a redução da ingestão desse grupo de alimentos.”
- “Houve associação positiva entre os padrões alimentares ‘‘não saudáveis’’ e as alterações cardiometabólicas em crianças e adolescentes … podem estar relacionadas à própria dificuldade de avaliar o consumo alimentar.”
Assustador!?
As Doenças Crónicas Não Transmissíveis (DCNT) associadas à alimentação inadequada tem aumentado por todo o mundo. Entre estas doenças podemos destacar a obesidade, diabetes, hipertensão e dislipidémias.
Podemos classificar os alimentos segundo o processamento:
- Alimentos in natura ou minimamente processados (alimentos que não tenham sofrido grandes alterações industriais após deixarem a natureza ou que sofreram alterações minimas como: limpeza, remoção de partes não comestiveis, refrigeração.)
- Ingredientes culinários (alimentos fabricados pela industria pela extração do alimento in natura ou ingredientes presentes na natureza como oleos vegetais, sal, açúcar para temperar. Quanto menos processado/refinado melhor.)
- Alimentos processados (alimentos feitos essencialmente com a adição de sal, açúcar, oleo ou vinagre a um alimento in natura para aumentar o sue tempo de conservação. Por exemplo: conservas, peixes, cereais, leguminosas, frutas em calda)
- Alimentos ultraprocessados (alimentos que passaram por técnicas e processamentos om alta quantidade de sal, açúcar, gorduras, intensificadores de sabor, entre outros. Estes alimentos possuem um perfil nutricional pouco benefico á saúde, por serem hiperpalatáveis - ou seja acentuma muito a sua palatabilidade; danificando os processos que sinalizam o apetite e a saciedade.)
Os ultraprocessados são pobres em micronutrientes, o que permite o desenvolvimento das DCNT. Estes produtos nem deveriam ser considerados alimentos.
Estes produtos não devem ser oferecidos às
crianças e
devem ser rigorosamente evitados pelos adultos por:
- Prejudicarem
mecanismos que indicam a fome e a saciedade;
- Favorecerem
o acúmulo de gordura;
- Favorecem
desenvolvimento de alergias e intolerâncias alimentares;
- Prejudicarem
o funcionamento dos rins;
- Sobrecarregarem
o funcionamento hepático;
- Causam
distúrbios estomacais e intestinais;
- Favorecem o desenvolvimento de diabetes, hipertensão, obesidade e diversos tipos de canceres;
Deixo-vos alguns exemplos de produtos ultraprocessados:
- Enlatados
- Charcutaria
- Preparações instantâneas
- Refrigerantes
- Fritos
- Congelados (pré-confeccionados)
- Refrescos em pó
- Temperos prontos
- Bolachas recheadas
- Gomas
- Chocolates
- Batata pre-fritas congelados
- "Nuggets"
- Bolos prontos
- Sopas instantâneas
- Pão branco (forma, hot dog, hamburguer)
- Molhos prontos
- Sobremesas instantâneas
Para perceberem melhor as diferenças:
Fonte: Guia Alimentar Para a População Brasileira. Infografia: Gazeta do Povo. |
Em suma é importante dar bons exemplos. Estes produtos podem ter espaço em casa, mas que sejam a excepção e não a regra, para que as crianças se habituem a ver alimentos no seu estado natural. As crianças aprender com o exemplo dos adultos.
Da próxima vez que for às compras, faça as seguintes perguntas:
- Este alimento trará algum benefício à minha saúde ou à saúde da minha familia?
- Este produto é mesmo uma alimento ou é um ultraprocessado?
- Este produto pode prejudicar a nossa saúde? (ter execesso de sal, açúcar, gordura...)
Sejam felizes!
Sem comentários:
Enviar um comentário