09 março 2018

O que muda quando temos filhos?

Olá a todos!

Este mês sinto-me particularmente nostálgica. Talvez porque o meu rebento já vai fazer 1 ano. 12 meses. 52 semanas. 365 dias. 8760 horas.
É muito ou pouco? Depende da perspetiva. Se durante a noite consegue dormir cerca de 5 horas seguidas, parece que o tempo passa rápido. Se o rebento ainda acorda de 3 em 3 horas todas as noites, parece que o tempo não passa.

Neste post tinha-vos falado da minha péssima experiência inicial da amamentação. Agora olhando com alguma distância, já consigo perceber o que aconteceu e porquê. Mas vamos por partes.

Houve realmente muitas mudanças. Fisicas, psiquicas e comportamentais de todos os membros da família. Neste post mostrei-vos como estava a ser ter um bebe com 3 meses em casa! Entretanto não consegui atualizar mais com dados dele, no entanto vamos fazer agora um resumo geral.



Nos 2 primeiros meses foi muito complicado. A adaptação, as rotinas, as dores do parto, as dores da amamentação, o peso, as vacinas. Enfim... No entanto, com a ajuda da familia tudo se tornou mais fácil.
Comidas dos Adultos: Antes de ter o menino, eu já tinha congelado cerca de 5 refeições, entre jardineira, lasanha, bacalhau com natas, lombo de porco assado, entre outras. Só não finalizei. Ou seja, não coloquei as natas ou o bechamel. Sempre foi uma boa ajuda para aquele primeiro mês. Depois desse periodo e o que ainda hoje faço é planear a semana e assim descongelar já atempadamente o que irei fazer. Quando tenho mais tempo ou melhor, quando ele permite, posso até preparar logo 2 refeições para assim optimizar o eu curto tempo.
Amamentação: Consegui amamentar até aos 2 meses, pois a produção já não era muita. O sentimento é que somos más mães pois toda a comunidade quase que nos obriga a amamentar até aos 6 meses em exclusivo. Mas não é de todo verdade. Se não conseguimos, vamos dar o que nosso melhor para lhe dar outras coisas excelentes. Assim, adoptei estratégias de contacto mais direto com o meu filhote. Quando lhe dou o biberão, tento olhar nos olhos dele, agarrar na mãozinha dele, estar bem coladinho a ele. Assim ele sabe que aquele momento é só nosso. Olhando para trás, percebo o porquê de me ter acontecido assim. Fica para outro post as minhas propostas de melhoria neste campo.
Comidas do filhote: Quando começou a comer sólidos (eu introduzi as sopas primeiro) eu tinha tudo muito organizado. Sabia extactamente o que ele iria comer, em que dia e em que quantidade. POdem ver neste post sobre as primeiras sopas. Assim, já conseguia ter mais tempo para mim ou para a casa ou para o marido.
Organização da casa: Por vezes nós achamos que o outro sabe o que nós esperamos que ele faça, mas isso não é de todo verdade. Se não falarmos com o nosso/a companheiro/a sobre o que esperamos que ele/a faça quando chegar a casa, ele/a não o irá fazer e nós vamos ficando mais frustados a cada dia que passada. Além de que a relação entre casal pode ficar frágil. Então o que nós fizemos? Havia muito dias que eu queria que o meu marido me ajudasse mais ou que simplesmente olhasse pelo menino enquanto eu tomava banho ou arrumava a roupa. E não lhe dizia, achando que ele iria perceber. Mas não. Isso não acontece assim. Após esse periodo "negro" começamos a falar mais, eu dizia que queria que me colaborasse um pouco mais para eu poder organizar tudo o resto... E sem grande problemas a vida foi fluindo. Sem gritos, sem stress. Além de que eu mudei também o meu chip de "tenho de fazer" para "faço se der". Ou seja, vamos priorizar. E foque-se nas tantas coisas que fez e menos nas que deixou por fazer! :)
Relaciomento: Sim altera-se. No meu caso durante os primeiros meses ligava muito ao bebe,pois ele precisava muito de mim. E nós estamos cansadas, esgotadas, com sono, com as hormonas ás voltas. Os homens não entendem bem o que se passa. Eu aconselho a conversar os dois. Digam o que cada um sente nesse momento e o que cada um pode fazer para melhorar a qualidade de vida do outro.
Vida profissional: Quando começa a terminar a licença, vem a dúvida. E agora? Como vou fazer para me organizar em casa, tratar do menino e ter uma vida profissional? Por mais estranho que pareça, a vida vai-nos mostrando como vamos poder fazer isso. E vamos aprendendo com o dia-a-dia. Foco nas prioridades e não desespere. Caso veja que não consegue peça ajuda. De certeza que tem à sua volta amigos ou familiares que o/a irão ajudar.
Vida Social: A nossa vida social não modificou assim tanto como isso. Uma das coisas que nunca fizemos foi deixar de ir aos locais por causa dele. Apenas saidas à noite ou jantares é que evitamos. Tudo o resto ele vai conosco. Já fomos a festas da aldeia, já fomos a convivios, a aniversários. Mas deve-se preparar para os locais. Por exemplo, eu levo sempre 2 mantas para o colocar a dormir, se for necessário. Coloco uma no chão e outra embrulho-o. Eu prefiro deitá-lo no chão, pois não corre o risco de rebolar e cair da cama ou sofá. Tento levar sempre comida a mais, levar sempre leite, água quente e biberão, 1 a 2 mudas de roupa (incluindo um pijama) e várias fraldas.
Rotinas com uma criança: Atualmente é mais facilitada. Como já está na creche, tudo é mais simples. As manhãs são bastante agitadas, pois é preparar as papas, vestir, mudar fraldas, dar leite e sair! UFA! Á tarde é chegar a casa, dar banho, mudar roupas, jantar, ler uma história e cama. Sim durante a semana ele não brinca muito conosco, mas foi uma forma que nós arranjamos para que ele passasse melhor a noite. Além disso ele passa a hora de jantar conosco na mesa e por isso é o nosso momento de convivio. Ao fim-de-semana, tento manter mais ou menos o ritmo e horário da escola. Mas noutro post falarei só sobre estes horários e como nós fazemos por cá!


Agora com quase 1 ano:
- Já gatinha e coloca-se de pé sozinho agarrado
- Já dá passos sozinhos (agarrado ao sofá, passa o sófa de lés a lés)
- Adora o Panda e os caricas, a Xana TocToc e tudo mais que dê música.
- Já sabe bem quando e onde não deve mexer em casa.
- Quando tem sono, vai mexer onde sabe que não deve (é maroto!) e assim já sabemos que tem sono
- Adora beijinhos e abraços
- Gosta de brincar com a mesa de atividade ou com carros grandes (serve de muleta para gatinhar mais depressa... :) )
- Adora que gatinhem atrás dele para o apanharem
- Já emite alguns sons como mama, papa, pê, na,
- Continua sem gostar de beber água (embora quando lhe damos pelo copo, vai bebendo)
- Quando se vê sozinho nunca divisão, se estiver no chão, vem atrás de nós ou ver se nos vê.
- Atualmente quando acorda fica a conversar sentado na cama, com os peluches (urso, cão e um dodo)
- Ele já sabe bem quando lhe estamos a ralhar.

E nós pais?
- Estamos a evitar todos os tipos de ecras, principalmente nas horas da refeição.
- Já não stressamos tanto quando ele não come ou come menos bem
- Sabemos que quando vem um dente ou quando está doente, temos de oferecer comida mais vezes, pois o meu F. é uma criança que come pouco mas várias vezes ao dia, e não gosta de ficar muitas horas sem comer.
- Por norma dorme a noite toda. Quando isso não acontece, já sabemos que é uma fase de uma a duas semanas e que poderá ser um pico de crescimento.
- Temos algumas regras para comer. Em termos de quantidade, não insistimos muito. Apenas até a um limite aceitável. Preferimos assim, pois se virmos que ele tem fome, passado uma hora damos mais alguma coisa. Mas atenção: não deve ser algo que eles gostem muito e imediatamente a seguir. Pois caso contrário o que vamos estar a fazer é a incentivar a comer o que eles querem e não o que lhes faz falta.

Tem sido um desafio e uma aprendizagem continua e diária. Nós nunca imaginámos que seria assim, mas atualmente já não nos vemos sem ele. A nossa vida gira em torno dos horários dele e ainda assim é espetacular.

E com vocês também foi assim? Deixem-me o vosso testemunho.

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