Hoje trago-vos uma problemática que pode (
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Pois.. Vamos então passar a explicar... A fome "real" é uma necessidade fisiológica humana, com diversos mecanismos que a regulam. A motivação para comer deveria fazer face a essas necessidades, certo? No entanto, existe a tendência para serem criados momentos em que se come sem se ter realmente necessidade (ida a casa de uns amigos, um aniversário, um final de tarde com uns amigos numa pastelaria, uma contrariedade inesperada, sentimentos negativos...). Estas situações podem ser divididas em factores externos e internos. Os factores externos são aqueles que o ambiente nos envolve, independentemente do estado fisiológico de fome ou saciedade. Já os factores internos remetem aos nossos sentimentos (um escape à situação), pois a comida conforta!
Sabe tão bem aquela sopa quentinha quando estamos doentes, aquele gelado ou chocolate quando estamos tristes ou desanimados... A fome emocional surge quando determinada situação ocorre e o que passa a comandar a ingestão alimentar são as emoções e não as necessidades nutricionais ou fisiológicas.
Por conseguinte, a comida começa a assumir variados significados que não lhe são naturais:
- estratégia contra o tédio/cansaço;
- "arma de ataque" pessoal;
- mecanismo de compensação face a emoções negativas (stress, ansiedade, depressão, raiva/frustação...)
Quando o estado de espírito passa a ter este papel decisivo nos comportamentos alimentares (servindo de distracção, substituto de amor, analgésico...), estas situações tornam-se hábitos e começam a acontecer automaticamente. Assim, ainda que gostar de comida seja algo saudável, é necessário avaliar o grau, nomeadamente, em relação:
- À culpa
- Ao grau de consciência (Fui buscar comida conscientemente ou de forma descontrolada? Conseguia parar, se quisesse?)
- À sensação de perda de controlo (um bombom ou a caixa inteira?)
- Ao comportamento que pode ou não trazer ao dia-a-dia (Faço as refeições com os outros ou maioritariamente sozinho?)
Agora lanço-vos um desafio... Quando estiverem a comer, olhem à vossa volta e verifiquem o que se passa. Está sozinho ou acompanhado? Está triste ou contente? Está deprimido? Está stressado? Foi dar um grande passeio com os filhos e ficou com muita fome? Apetece-me comer o queijo todo porque fiquei a trabalhar até tarde para poder entregar um trabalho? Já passaram mais de 4 horas desde a ultima refeição?. Desta forma estará a comer consciente do meio envolvente e consegue distinguir se está com fome fisiológica ou com fome emocional. Não é fácil, mas com o tempo vai-se tornando mais automático e quase que natural.
Sejam felizes!!

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